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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Introdução à contabilidade(continuação) 01

Influência Árabe
Nesse momento na distante Meca, numa pequena aldeia da atual Arábia Saudita, nascia o profeta Maomé. Uma série de visões que se iniciaram em 610 levaram-no a escrever o Corão e à fundar o Islã.
Em 765, os líderes islâmico, representados pelo califado de Abbasid, transferiram a capital do império do Islã à recém fundada cidade de Bagdá, no atual Iraque. Ali, num desses acidentes curiosos do destino que transformaram nossas vidas, o segundo califa, Al-Mansur, adoeceu. Os membros de sua corte, em busca de cura, descobriram o mosteiro de Jundi Shapur, 200 quilômetros ao sul. O mosteiro era ocupado por seguidores de Nestorius, um antigo patriarca de Constantinopla que fora banido pelo concílio de Éfeso em 431, por prática de heresia. Os nestorianos haviam levado cópias de vários manuscrito antigos em seu exílio, e com isso o conhecimento grego havia sido preservado, praticamente por milagre. O resultado foi o estabelecimento em Bagdá do maior centro do conhecimento no primeiro milênio.
Indivíduos e cidades foram perdidos, mas não o conhecimento. Houve pessoas como Leonardo Fibonacci de Pisa (circa 1180 a 1.250), que cresceu no norte da África, onde, como criança, aprendeu tanto a língua quanto a matemática dos árabes. Quando sua família retornou a Pisa, escreveu o Líber Abacci, que muito contribuiu para popularizar o sistema numérico arábico na Europa. A reação aos números nem sempre foi favorável, contudo. A Igreja considerou seu uso como heresia, e em 1.299 sua utilização foi banida em Florença. A proibição não durou muito, porém. À época em que Pacioli escreveu seu livro, já instruía seus leitores a usarem os números arábicos exceto por títulos nos quais você escreverá primeiro no Razão o ano à maneira antiga: ou seja, alfabeticamente do seguinte modo: MCCCCLXXXXIII E assim dirá: usemos as letras antigas, pelo menos por uma questão de beleza. Muitos de nós ainda fazem o mesmo atualmente. E cada vez que preenchemos um cheque tanto em letras quanto em números arábicos, estamos mantendo subconscientemente uma desconfiança milenar em relação aos novos números.

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